sábado, 24 de maio de 2014

A importância da Literatura na sala de aula



O papel dos livros, da leitura e do conhecimento da literatura na construção do indivíduo em formação, em sala de aula e nas intervenções pedagógicas

por Luciana Daniele Costa

Na série Harry Potter, de J.K. Rowling, o estereótipo da bruxa má e feia, que conhecemos em nossa infância, é substituído por uma imagem glamurosa de ambos os gêneros de feiticeiros. Nos livros, as personagens infantis aprendem a afastar seus medos, enfrentando situações ridículas ou perigosas. As adaptações cinematográficas tiveram uma grande repercussão no universo infantil. Harry Potter é uma criança com poderes especiais desejados por aqueles que se identificam com o filme e que, por isso, acabam dominando seus medos, transformando-os em poder interior. Por meio da ficção, a criança, portanto, aprende a enfrentar sua realidade e viver além de sua vida imediata, vivenciando outras experiências. Por isso, seduz e encanta, mesmo sem tarefa, sem nota, sem prova, a literatura educa e, portanto é importante pedagogicamente.
Do imenso leque de obras literárias para o trabalho em sala de aula, uma delas se destaca servindo de sustentáculo de nossa educação formal. É o livro Meu pé de laranja lima, que será um grande instrumento para transformação e remodelação no processo de intervenção pedagógica para o aluno com dificuldades. Meu pé de laranja lima, de José Mauro Vasconcelos, serve de modelo para a compreensão de que a literatura dentro da intervenção pedagógica pode caminhar junta, tornando-se um estímulo para nossos alunos do ensino fundamental, que chegam a essa fase escolar sem um parâmetro de leitura, que segue o sentido contrário a um dos pilares da educação mineira, que se trata de "Toda criança lendo e escrevendo até os 8 anos".
Um aluno em idade de 11 anos, que não percebe a leitura, não adquiriu o conhecimento por meio dos sentidos da leitura, necessita de um ajustamento, uma intervenção pedagógica, pois houve problemas nos anos iniciais de sua formação. De acordo com Bernardo Toro, vice-presidente de relações públicas da Fundação Social, entidade civil cuja missão é combater a pobreza na Colômbia, se a criança não aprende, não culpe a criança, culpe o método que o professor usou para ensinar. Nesse sentido, entra o trabalho do psicopedagogo, do supervisor e do professor da instituição, juntamente com os pais.




Na realidade da sala de aula, para estudo e análise, Meu pé de laranja lima é um livro extremamente marcante, comovente e triste. Marcante pela ironia da sua história, comovente pela simplicidade transmitida e com que é escrito e triste pela dor e pelas perdas retratadas. Um livro simples que transmite uma mensagem e sentimentos sutis e profundos. Com uma mescla de turbulentas emoções e pequenas conquistas e vitórias, vividas pelas personagens, que vêm ao rubro de forma simples e eloquente em cada palavra. Neste livro o mais importante não é os grandes feitos ou qualquer outro ato considerado por nós, na nossa cegueira e egocentrismo, digno e merecedor de importância, mas sim as pequenas coisas que no fundo acabam por ser as mais bonitas e importantes; as pequenas vitórias; a dor e a conquista, do mundo real e da vida real, que acabam por ter uma fantasia mais doce e bonita e um misticismo mais profundo do que as grandes lendas ou histórias, apenas pelo que são.
É possível ampliar no aluno sua capacidade da oralidade, viver experiências alheias narradas e vivenciadas no imaginário pessoal
Meu pé de laranja lima, como tantos outros clássicos da nossa literatura infantil, contribui para o encontro da criança com a literatura, para o desenvolvimento de sua competência leitora condição necessária, uma vez que esta deverá ser resgatada sem ter a pretensão de fazer análise literária, mas sim que realçar alguns elementos importantes para compreensão do aluno, como enredo tempo, espaço, personagens, que comentem sobre as peculiaridades das obras, contextualizando-as em relação ao estilo de época, ao estilo individual, e também a certos aspectos que são específicos da linguagem literária, como o uso de imagens, as marcas da oralidade, o ritmo da narrativa etc.
Há obras que de alguma forma são capazes de transformar o leitor, e a consagrada obra de literatura fantástica O Pequeno Príncipe é uma delas, quase uma ficção científica, que transmite ensinamentos, amizade e companheirismo. Uma das mais belas obras, escrita por Antoine Jean Baptiste Roger de Saint-Exupery, capitão e piloto de aviões. Fazia reconhecimentos aéreos e morreu em sua última missão, em 1944, aos 44 anos de idade. Foi um escritor de grande sensibilidade, com grande preocupação com o sentido do humano e da existência. Em uma narrativa poética vai elaborando sua visão de mundo e mergulha no próprio inconsciente. De repente retornamos aos nossos sonhos infantis e reaparece a lembrança de questionamentos acomodados. É uma obra que nos apresenta uma profunda mudança de valores. Pelas mãos desse autor, o leitor apossa-se de muita sabedoria e do discernimento do que é essencial, em sua narrativa metafórica.


Com ela, podemos trabalhar a construção e o reconhecimento da identidade por meio de projeção e identificação, aspectos e processos psicológicos presentes na experiência de contato da criança com a obra literária, considerando o imaginário enquanto campo vivencial, dotado de significados e conceitos, tal qual a experiência concreta.
Também é possível ampliar no aluno sua capacidade da oralidade, viver experiências alheias narradas e vivenciadas no imaginário pessoal.
Como a literatura infantil prescinde do imaginário das crianças, sua importância se dá a partir do momento em que elas tomam contato oralmente com as histórias, e não somente quando se tornam leitores.
Desenvolver o interesse e o hábito da leitura é um processo constante, que começa muito cedo, em casa, aperfeiçoa se na escola e continua pela vida inteira.
Luciana Daniele Costa é graduada em Letras, Especialista em Educação Inclusiva e Psicopedagogia. Atua como educadora no sistema público de ensino de Minas Gerais.











quarta-feira, 21 de maio de 2014




SEQUÊNCIA  DIDÁTICA COM O TEMA: “BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS” UTILIZANDO AS OBRAS DE CÂNDIDO PORTINARI
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
TEMA:Brinquedos e Brincadeiras
PUBLICO ALVO: 2º ano do ensino fundamental
Duração: 2 semanas

JUSTIFICATIVA:
 

Candido Portinari foi um artista que dedicou sua vida ao registro da cultura de seu povo e de seu país.Brasileiro, nasceu em Brodósqui, cidade do interior paulista, em 1903. Sua terra natal seria lembrada em suas pinturas. Na Fazenda Santa Rosa, onde morava, observava os colonos trabalhando na roça e, assim, pintava coisas e pessoas do interior, exaltando agente que produz e trabalha pelo país. Para Portinari, o processo produtivo é o da agricultura da região, seus cafezais, seus milharais, sua cana de açúcar, seus arrozais.A obra de Portinari foi intensa e diversificada. Pintou diferentes temas: tipos regionais do Brasil, como cangaceiros e índios; retratos; músicos; o homem do campo; e principalmente crianças.
Portinari adorava pintar crianças brincando, e dizia:"Sabem por que que eu pinto tanto menino em gangorra e balanço? Para botá-los no ar, feito anjos."Pintando crianças brincando em mangueiras frondosas ou participantes de"peladas" de futebol e de festas de São João, todas elas trazem a lembrança da vida rural. A criança, agrupada em bandos, é apresentada com roupas claras e rústicas, geralmente em movimento, com gestos largos ou de posse de brinquedos manufaturados. Espantalhos, pipas, luas e estrelas são elementos recorrentes que refletem o apego à cultura rural e à paisagem do interior.Este universo infantil é povoado de elementos lúdicos, como brinquedos,brincadeiras e jogos: "Nossos brinquedos eram variados, conforme o mês, e também havia os para o dia e os para a noite. Para o dia eram: gude, pião, arco, avião, papagaio,
bilboquê, ioiô, botão, balão, malha e futebol. Para a noite: pique, barra-manteiga, pulando carniça, etc."
Candido Portinari foi um artista muito importante , retratou em suas obras de forma bela e expressiva a realidade vivenciada pela sociedade em que estava inserido naquele momento não deixando de lado sua posição em relação às questões sociais .
Estudar este grande artista é instigar os alunos a curiosidade em compreender a arte como forma de expressão , de compreensão despertando o desejo do fazer artístico.
Aos alunos do segundo anos faz-se necessário estudar este artista já que Portinari, retratou em muitos de seus quadros brinquedos e brincadeiras de sua época e que muitas crianças vivenciam até hoje.
 

OBJETIVO GERAL
Dar a oportunidade aos alunos de conhecer as obras de Candido Portinari , oportunizando momentos lúdicos e divertidos tendo como tema principal os quadros que retratam a infância , mais especificamente “Brinquedos e brincadeiras despertando o interesse pela arte visual e formando opiniões através das releituras.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Apreciar obras de arte que estabeleçam significado interpretativo
• Conhecer alguns dos principais aspectos da produção de Candido Portinari
• Apreciar obras de Candido Portinari;
• Conhecer a biografia de Candido Portinari;
• Relacionar a pintura de Candido Portinari à sua história de vida;
• Aprender diferentes técnicas de pintura;
• Respeitar as produções dos colegas. Conhecer brincadeiras representadas na arte de Portinari
 
• Conhecer fatos importantes da vida de Portinari
 
• Vivenciar algumas brincadeiras representadas no acervo de Cândido Portinari
 
• Representar, através de diferentes técnicas, algumas brincadeiras vivenciadas. estimular o desenvolvimento das habilidades estéticas na observação de Artes;
• Interagir harmoniosamente com os colegas e professor;
• Compartilhar o mesmo espaço e objetos em um momento de trabalho escolar;
• Adquirir habilidades de reconhecer e interpretar textos verbais e não-verbais

CONTEÚDOS:
• Leitura de imagem;
• Biografia do autor;
• Reconhecer um texto biográfico;
• Textos verbais e não verbais.
• A infância de ontem e de hoje;
• Conhecendo e produzindo brinquedos e brincadeiras antigas;
• Texto visual e contexto de produção de imagem;


MATERIAIS:
• Data show
• Materiais diversos, papel A4, lápis de cor, tinta guache, pincel,
 
• Giz de cera colorido, papel peso 40 A4, tinta guache preta ou tinta nanquim
 
• Reproduções das obras do autor em folha A4 para os alunos fazerem a leitura/releitura de imagem;
• Papéis diversos,sulfite, pardo,color set,etc, caneta esferográfica
• Lápis de cor, giz de cera,canetinha, etc
• Cola, tinta, pincel,etc

Desenvolvimento das Atividades:

INTRODUÇÃO:
• A turma vai assistir o vídeo: Retratos da Infância (por Cria Mineira)
1ª Atividade:Primeiras impressões de Portinari.

1º momento - Levantamento de conhecimentos prévios:
A partir deste filme o educador fará o seguinte questionamento:
• Quais brincadeiras estão retratadas no vídeo?
• Você já viu estas imagens antes?Onde?
• Você reconhece quadros nestas imagens?Quais?
2º momento:Conhecendo um pouquinho de Portinari
Você sabe de qual pintor a música fala?
O professor deverá apresentar Cândido Portinari como o artista que criou as obras apresentadas no filme: dizer seu nome, mostrar fotos e contar a história de fatos importantes vividos que revelem às crianças o momento sócio-histórico e cultural no qual ele viveu. ( com este material os alunos coletivamente farão um cartaz que ficará exposto na sala)
3º momento: As brincadeiras de Portinari
• Os alunos farão uma lista das brincadeiras apresentadas no vídeo

2ª atividade: Apreciando as obras de Portinari.
1º Momento: Observando e refletindo sobre as obras do pintor.
O professor deverá trazer para a roda uma das obras de Candido Portinari que retrate brincadeiras, para que as crianças apreciem o quadro e expressem seus sentimentos, percepções e vivencias a respeito da obra e de suas próprias brincadeiras, observando também os detalhes e seus os elementos: linhas, formas e cores do quadro.

Futebol, de 1935, foi feito com tinta a óleo sobre tela de tecido. Tem 97 centímetros de altura por 1 metro e 30 de largura.


Meninos no Balanço, de 1960, tem 61 centímetros de altura e 49 centímetros de largura. Foi pintado com tinta a óleo sobre tela de tecido.

Palhacinhos na Gangorra foi pintado em 1957 sobre madeira compensada com tinta a óleo.Tem 54 centímetros de altura e 65 centímetros de largura

Meninos Soltando Pipas provavelmente é de 1943. Com 16 centímetros de altura por 11 centímetros e meio de largura, foi pintado com tinta a guache sobre papel.

Meninos Brincando, de 60 centímetros de altura por 72 centímetros e meio de largura, foi feito em 1955 com tinta a óleo sobre tela de tecido

Meninos Soltando Papagaios é de 1947. Pintado em tinta a óleo sobre madeira, sua altura é de 60 centímetros e meio e sua largura é de 73 centímetros e meio

Meninos Pulando Carniça, de 1957, foi pintado com tinta a óleo sobre madeira. Tem 53 centímetros e meio de altura e 64 centímetros e meio de largura

Moleques Pulando Cela é de 1958. Pintado com tinta a óleo sobre tela de tecido, tem 59 centímetros e meio de altura e 72 centímetros e meio de largura.

(Todos os quadros ficarão expostos na sala de aula)
Desenhando Brincadeiras
2º Momento: Após a apreciação da obra e discussão sobre os elementos contidos nela, o professor deverá questionar sobre as vivencias das crianças com relação à brincadeira,. Em seguida junto com o professor vão selecionar o quadro que mais gostaram. E com o auxílio
de um lápis grafite/caneta esferográfica vão desenhar sobre o papel a sua releitura da obra escolhida.
3º atividade- A infância de Portinari
1º momento:As relações de infância do pintor.
Voltando a apreciar os quadros os alunos serão questionados sobre as relações de infância retratadas pelo pintor (oralmente vão colocar suas idéias sobre o assunto).O professor então trará para a sala informações sobre a infância do escritor .As crianças farão então relações entre a infância do pintor e a infância que vivenciam hoje.Se utilizam os mesmos brinquedos e brincadeiras.

2º momento:A infância do presente sendo representada com a infância do passado.
Os alunos escolher um dos quadros para representar a infância de hoje ,fazendo interferência colagem, pintura, na obra Futebol, de 1935.

4ª Atividade:Vivenciando algumas brincadeiras

1º momento – Vamos brincar!!!!
O professor deverá iniciar a aula propondo à turma a realização de algumas brincadeiras. As brincadeiras sugeridas deverão fazer parte da temática incluída no acervo de obras de Cândido Portinari, como brincadeira de roda, pula carniça etc
 
Ao final da vivência, o professor deverá apresentar obras de Cândido Portinari relacionadas à temática e encaminhar a apreciação de algumas obras: o que elas estão vendo, crianças, animais, adultos, objetos? Qual ação está ocorrendo? A cena ocorre durante o dia ou à noite? A obra remete a lembranças? Quais?
 

Ronda Infantil de Cândido Portinari. Disponível em:
http://marciliomedeiros.zip.net/images/RondaInfantilPortinari.jpg
 

Pula carniça de Cândido Portinari. Disponível em:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv2mTm0x4r5JZ6rCQG9oFPPZEAcLGa2DJK2AR5xnzeATl09gyZDSht9d7nyX10vR95t-9aX8teXPppVJteerkTlcauXdjmiZlmP8PFN5NmSHsWc156OJ6lPhyphenhyphenDGLbT7VjO4a06SebVPVE/s400/portinari_pulandocarnica.jpg
2º momento – Representando as brincadeiras vivenciadas utilizando técnicas diferenciadas.
Em seguida, o professor deverá propor um momento de fazer artístico. O professor orientará às crianças a representarem as brincadeiras, através de algumas técnicas artísticas, tais como: desenho cego, pintura com pontilhismo ou giz de cera e vela, bricolagem... A sugestão é organizar os materiais por cantos para que as crianças possam manuseá-los de acordo com a técnica escolhida. Salientamos que, na primeira vez, o número de opções seja reduzido e que a oferta seja ampliada gradativamente.
 

5ª atividade: Criando novos brinquedos com as obras de Portinari.
Propor aos alunos a preparação de materiais lúdicos baseados nas obras estudadas: quebra-cabeças, jogo dos sete erros, olho vivo, palavras cruzadas, caça-palavras etc

6ª atividade: É hora de escrever!!!
Os alunos irão selecionar uma das telas para fazer uma produção escrita sobre ela.

• O que você vê na tela?
• Quais são os elementos que compõe a tela?
• Descreva os sentimentos que você tem ao ver essa pintura?

CULMINÂNCIA:Exposição de trabalhos confeccionados pelos alunos.

AVALIAÇÃO : Os alunos serão avaliados durante todo o processo. Através de expressões orais e gráficas, o professor deverá observar se as crianças demonstram ter conhecimentos sobre as brincadeiras representadas no acervo de obras de Cândido Portinari. Além disso, o professor deverá avaliar se a turma conhece fatos importantes da vida
 

BIBLIOGRAFIA:

http://www.portinari.org.br/candinho/index.htm
http://www.fundacaoromi.org.br/images/Downloads/6encontroeducadores/oficna16portinari.pdf
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25659
Parâmetros Curriculares Nacionais - http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf


terça-feira, 20 de maio de 2014

Entrevista com Emilia Ferreiro

Entrevista com Emilia Ferreiro
Para a psicolinguista argentina, o que se espera de um leitor muda com o tempo. Na era da internet, seletividade e rapidez são características essenciais

Nos anos 70, ela revolucionou a alfabetização ao explicar como as crianças aprendem. Passou a defender a utilização de textos variados, em substituição às cartilhas. Após a polêmica inicial, suas teses se tornaram referência internacional. A fama não a desviou, no entanto, da preocupação em desvendar o processo de aquisição da leitura e da escrita. Aos 64 anos, Emilia Ferreiro agora avalia a interferência das inovações trazidas pela internet. "Todo profissional deve querer saber sempre mais", ensina. "Se não há inquietude, repetimos coisas que podem estar ultrapassadas." Em abril, a psicolingüista argentina (que vive no México) passou pelo Brasil e concedeu a seguinte entrevista a NOVA ESCOLA.
No livro Cultura Escrita e Educação, a senhora afirma que adora pesquisar e descobrir que entendeu algo que a intrigava. O que a deixa intrigada atualmente?

EMILIA FERREIRO Continuo tentando compreender melhor o funcionamento dos sistemas e das tecnologias de escrita. Indagações surgem a respeito dos modos de comunicação e estilos que estão sendo criados. Um exemplo é o chat, que parece um intercâmbio informal, cara a cara, só que por texto. Outro é o e-mail, que não é uma carta em papel nem um telegrama. Essas novas formas de diálogo possuem propriedades que não conhecemos. São temas a ser pesquisados, assim como a interface entre a aquisição da escrita com letras e com números...

Como isso se dá?

EMILIA FERREIRO As duas são ensinadas simultaneamente porque a escola e o ambiente pedem. Já conhecemos bastante o sistema de aquisição da leitura com letras e a maneira de escrever números em situações vinculadas a representações de quantidade. Quero averiguar como se descobre quando usar um ou outro. Quando escrevo casa, leio casa e posso traduzir para house, se souber inglês. No entanto, se escrevo 5, posso ler cinco ou five. Nesse caso não está escrito o nome do número mas o sentido que ele passa. E esse sentido pode ser passado em qualquer língua. Não posso redigir a palavra casa com números, mas a palavra cinco posso escrever também com um algarismo. É interessante ver como crianças muito pequenas, de 4 ou 5 anos, lidam com isso.

O professor deve tentar desvendar problemas em seu dia-a-dia?

EMILIA FERREIRO Não. O ofício do pesquisador e o do professor são distintos. Digo isso porque exerço os dois. Quando estou ensinando, minha atitude sobre os problemas é diferente da que tenho quando estou pesquisando. É importante ensinar os alunos a pesquisar, mas isso é parte de meu trabalho de professora.

Mas não é também papel do docente buscar novos conhecimentos?

EMILIA FERREIRO Com certeza. Só que isso é diferente de pesquisar. Querer saber sempre mais deve ser próprio de qualquer profissional. Um médico também tem de se atualizar e não se contentar com o que aprendeu na universidade. Se não há uma certa inquietude em continuar descobrindo coisas novas terminamos repetindo as antigas — e o que era válido há vinte anos não continua necessariamente bom hoje.

O significado de saber ler e escrever também muda com o tempo?

EMILIA FERREIRO Usamos esses mesmos verbos na Grécia clássica, na Idade Média, na revolução industrial ou na era da internet. Por isso, temos a impressão de que designam a mesma coisa. O real significado, no entanto, vem se modificando. Ambos têm a ver com marcas visuais, mas o que se espera do leitor é determinado socialmente, numa certa época ou cultura. Na Antigüidade clássica não se esperava o mesmo que no século XVIII, nem o que se espera agora.

O que determina a eficiência de um leitor na era da internet?

EMILIA FERREIRO O trabalho na internet exige rapidez na leitura e muita seletividade, porque não se pode ler tudo o que está na tela. E a capacidade de selecionar não é algo que, há alguns anos, fosse uma exigência importante na formação do leitor. No contexto escolar, não tinha lugar preponderante mesmo. Na rede mundial de computadores, as páginas estão cheias de coisas que não têm relação com o que procuro e existe a possibilidade de um texto me conduzir a outros por meio de um click. Além disso, quando tenho um livro em mãos e o abro em qualquer página, sei claramente se é o começo, o meio ou o fim. Quando abro uma página na internet nem sempre tenho noção de onde estou.

Mas os jovens têm facilidade para se adaptar a essas mudanças...

EMILIA FERREIRO Eles aprenderam a usar a internet sozinhos e rapidamente, sem instrução escolar nem paraescolar. Eles conhecem essa tecnologia melhor que os adultos — os alunos sabem mais do que seus mestres. Essa é uma situação de grande potencial educativo, porque o professor pode dizer: "Sobre isso eu não sei nada. Você me ensina?" A possibilidade de uma relação educativa realmente dialógica é fantástica. Mas o docente não está acostumado a fazer isso e, num primeiro momento, fica com muito medo de não poder ensinar. Em casa, ele recorre aos filhos. No espaço público, na escola, ele tem mais dificuldades.

Além da questão tecnológica, existe a da língua. A senhora acha que quem não souber inglês será um analfabeto nesta era da internet?

EMILIA FERREIRO É preciso aprender o inglês, sem dúvida, mas não só esse idioma. Nestes tempos de globalização, vemos ao mesmo tempo um movimento de homogeneização (de um lado) e grupos que manifestam um desejo de manter a própria identidade (de outro). As duas coisas estão funcionando simultaneamente. No início da internet tínhamos a impressão de que ela seria uma das tantas maneiras de converter o inglês na única língua de comunicação. Hoje a situação mudou bastante. Há cada vez mais uma diversidade de idiomas na rede. Temos duas direções a seguir: consultar somente sites na nossa língua ou tomar consciência de que a rede nos dá acesso, por exemplo, a jornais escritos em países distintos — e procurar entendê-los.

Voltando à alfabetização, o livro Psicogênese da Língua Escrita foi lançado no Brasil em 1985 e causou uma revolução. Como a senhora avalia a repercussão da teoria ali contida?

EMILIA FERREIRO As mudanças educativas são lentas. É muito fácil transformar uma escola pequena, privada, que tenha desejo de evolução. Mas num sistema educativo municipal ou estadual é mais difícil. Tendo em conta a complexidade da realidade brasileira e levando em consideração que a difusão da teoria não foi similar em todas as regiões, eu diria que já aconteceram muitas coisas por aqui.

Quais as mais significativas? 

EMILIA FERREIRO No Brasil havia uma espécie de obsessão em montar turmas homogêneas. Tenho a impressão de que esse não é mais um problema. E se isso realmente aconteceu, é um grande avanço. A homogeneidade é um mito que nunca se alcança. Eu posso aplicar uma prova, dizer que vinte estudantes são iguaizinhos e colocá-los todos juntos para trabalhar. Daqui a uma semana eles não serão mais iguais, porque os ritmos de desenvolvimento são muito variados. Uma coisa são os ritmos individuais, outra, as etapas de desenvolvimento.

Com relação às etapas de desenvolvimento, você crê que sua importância já foi assimilada?

EMILIA FERREIRO Num primeiro momento, houve apenas a troca de rótulos. Os fracos passaram a ser chamados de pré-silábicos. Os que estavam no meio do processo eram os silábicos e os que eram fortes foram classificados como alfabéticos. Alguns anos depois ficou mais claro que os rótulos novos permitiam ver de outra maneira o progresso das crianças, mostravam que elas estavam aprendendo. É desesperador estar diante de um aluno e dizer "ele não sabe", "ele ainda não sabe". Quando se pode visualizar as mudanças como um progresso na aprendizagem, tudo muda. Primeiro porque o esforço de aprender é reconhecido; segundo porque há a satisfação de ver avanços onde antes não se enxergava nada.

Ainda hoje chegam cartas à redação de NOVA ESCOLA perguntando qual a idade ideal para iniciar a alfabetização...

EMILIA FERREIRO Constatei que, atuando de forma inteligente, pode-se alfabetizar aos 5 anos, aos 6 ou aos 7. É preciso oferecer oportunidade para os menores. Alguns vão aprender muito, outros nem tanto. A idéia de que eu, adulto, determino a idade com que alguém vai aprender a escrever é parte da onipotência do sistema escolar que decide em que dia e a que horas algo vai começar. Isso não existe. As crianças têm o mau costume de não pedir permissão para começar a aprender.

O que um alfabetizador não pode deixar de fazer em classe?

EMILIA FERREIROLer em voz alta. Especialmente se as turmas forem pobres, vindas de lugares em que há poucas pessoas letradas. Essa poderá ser a primeira vez que ela passa por uma experiência assim. O texto, no entanto, tem de ser bom e lido com convencimento. Esse aluno de 6 ou 7 anos vai presenciar um ato quase mágico. Vai escutar um idioma conhecido e ao mesmo tempo desconhecido, porque a língua, quando escrita, é diferente. Essa maneira de trabalhar é muito melhor do que usar as cartilhas e as famílias silábicas.

As cartilhas, aliás, já não são usadas como antigamente.

EMILIA FERREIRO Certa vez um editor brasileiro me acusou de estar arruinando o negócio de cartilhas, e parece que ele tinha razão. Se tenho mesmo relação com a queda na produção desses livros, estou muito orgulhosa. Eles eram de péssima qualidade, horríveis, assustadores. Eram pura bobagem. Apesar disso, há vinte anos parecia um sacrilégio, no Brasil, dizer que a família silábica não era a melhor maneira de trabalhar. Tenho a impressão de que isso mudou e de que esse é um caminho sem volta. Para ensinar a ler e escrever é necessário utilizar diferentes materiais. Um livro só não basta. É preciso utilizar livro, revista, jornal, calendário, agenda, caderno, um conjunto de superfícies sobre as quais se escreve. A maneira como um jornal é redigido não é a mesma que se encontra num livro de Geografia ou História.

Como deve agir o professor em áreas rurais, onde o contato com a língua escrita é muito menor?

EMILIA FERREIRO Ele não pode desperdiçar nem um minuto do tempo em que sua turma está na escola, porque cada minuto é muito precioso. Terminado o período da aula, o contato com a escrita quase desaparece, sobretudo se for numa região em que não haja maquinários sofisticados, que exigem a leitura de manuais, ou onde materiais impressos praticamente não existam.

Como a senhora avalia a alfabetização na América Latina?

EMILIA FERREIRO A América Latina está conseguindo levar praticamente todas as crianças para a escola, mas nem todas continuam estudando nem aprendem algo que justifique sua permanência ali.

Ou seja, ainda há o risco de o continente continuar formando analfabetos funcionais.

EMILIA FERREIRO Esse problema ocorre no mundo inteiro, ainda que com nomes diferentes. Na França, por exemplo, há uma distinção entre o iletrado e o analfabeto. Este não teve uma escolaridade suficientemente prolongada. O primeiro teve essa oportunidade, mas não pratica nem a leitura nem a escrita. Então, poucos anos mais tarde, lê com dificuldade e evita escrever. Países que já resolveram o problema da escolaridade obrigatória têm iletrados; os que não possibilitaram à população a escolaridade básica têm analfabetos.

O Brasil encontrou o caminho para combater esse problema?

EMILIA FERREIRO No Brasil, aparentemente, está em curso uma mudança sensível em relação à escolarização. Muito mais crianças e jovens em idade escolar estão nas salas de aula. Esse é o primeiro passo. Agora, vem o mais importante: desafio da qualidade, da aprendizagem. Não basta ocupar todas as carteiras. É preciso ensinar.


Integrantes do grupo


TERESINHA DE JESUS ALENCAR BOSCO
DENISE RIBEIRO DE SOUZA
EDILEUZA ALVES QUEIROZ DA CONCEIÇÃO
ANGELA RIBEIRO NUNES PEREIRA
VALQUIRA ARAUJO DOS SANTOS
RITA ALVES PEREIRA
MARILOURDES FRANSCISCA DE LIRA
MARIA SILENE MARQUES SOUZA CAVALCANTE
NANCI ROSENÉIA CRE BATISTA

Filme


Escola da Vida





Escola da Vida - Lindo Filme!!!!


O Filme mostra a história de um jovem professor (Sr. D) que chega à escola com uma nova pedagogia e é admirado pelos os alunos e pelos professores com exceção do professor (Sr. Warner).


Depois da morte de um dos melhores professores da escola e também pai do professor (Warner), o jovem professor vem para substitui-lo, e o Sr. Warner fica indignado que ele não ficou no lugar de seu pai.


O (Sr. D), tem uma pedagogia moderna que não se baseia somente em livros, mas sim com histórias da sua própria vida, se acaracterizava para dar as suas aulas, e o professor Warner, não consegue entender o porquê ele é tão querido por todos.


Tenta fazer coisas para que incrimine o Sr. D, mas não consegue a quase perde o seu emprego, e também é questionado pela sua família o porquê está fazendo tudo isso.




Até que um dia o Sr. Warner segue o Sr. D depois que saem da aula e o mesmo descobre que o Sr. D está em um hospital, consegue chegar até o quarto e descobre que o mesmo tem Câncer.


Baqueado com o que viu Sr. Warner começa a entender dá onde vem toda aquela vontade de viver do Sr. D, porque ele fazia tudo com tanto entusiasmado.


E o mesmo começa a interagir mais com o Sr. D, acaba entendendo que a vida é mais do que ser o melhor, e começa a entender tudo o que seu pai tentava lhe passar, mas, que no momento ignorou.

Um lindo filme!!!!!

Sarau









O Que É Um Sarau?


Sarau, também conhecido como Serão, na sua definição mais completa é uma festa literária noturna ou um concerto musical realizado em casas, teatros ou estabelecimentos noturnos. É um momento de encontro das grandes artes. Nesse encontro acontecem as leituras de textos literários, interpretações teatrais, declamações de poemas e apresentações musicais. O Sarau é uma forma de ligação entre o eu interior e a palavra. As pessoas que participam dessa festividade entregam-se de corpo e alma à literatura.


Um Sarau une pessoas desconhecidas à princípio, mas ligadas por gostos e desejos semelhantes. É muito bom participar deste tipo de atividade, visto que é uma forma de estar entre amigos, de desfrutar de momentos culturais relevantes e de experiências significativas. É possível proporcionar aos amigos Saraus particulares. Basta reuni-los em torno de música e literatura que a festa está feita. Contudo o Sarau não é só uma forma de reunir pessoas, ele é, sobretudo, uma forma de interagir com a arte. Por isso é preciso saber o que se pretende ao promover um evento desses.


Um Sarau une pessoas desconhecidas à princípio, mas ligadas por gostos e desejos semelhantes. É muito bom participar deste tipo de atividade, visto que é uma forma de estar entre amigos, de desfrutar de momentos culturais relevantes e de experiências significativas. É possível proporcionar aos amigos Saraus particulares. Basta reuni-los em torno de música e literatura que a festa está feita. Contudo o Sarau não é só uma forma de reunir pessoas, ele é, sobretudo, uma forma de interagir com a arte. Por isso é preciso saber o que se pretende ao promover um evento desses.


Um Sarau deve estabelecer conexões entre o ser exterior e o interior, já que suscita reflexão e experiências ricas. Depois de pensada a finalidade do Sarau, alguns aspectos importantes devem ser planejados. A decoração, a iluminação, as bebidas e a alimentação devem fazer parte da organização do evento. Como se trata de um evento cultural, a decoração deve estimular a criatividade, a criticidade e o artista presente em cada um. Uma decoração apropriada para um Sarau consiste na exposição de quadros, desenhos e esculturas variadas que instiguem a curiosidade e a produção. Uma iluminação apropriada a um Sarau consiste em uma meia-luz, luzes coloridas em focos diferentes ou focadas em um único ponto. Incensos são indicados para favorecer um clima de interiorização.



A gastronomia do evento fica por conta de aperitivos variados e leves. O intuito do evento não é a alimentação, esta é apenas um complemento. Portanto a comida não deve ser mais atrativa que o resto da festividade. Da mesma forma a bebida. Bebidas mais leves, como sucos e chás são mais apropriadas, pois bebidas alcoólicas podem gerar resultados frustrantes e desviar o objetivo do encontro.





Esse encontro literário não deve ser demasiado extenso. O organizador do Sarau deve ter o cuidado de não se transformar em um diretor de eventos. Deve proporcionar a integração do grupo através de uma dinâmica de grupo inicial, mas deixar o espaço livre para cada um se expressar e "apresentar" aquilo que considera viável para o momento. A quantidade de pessoas em um evento como este não é o fundamental. Importante é que as pessoas que estejam presentes participem, o que independe do número de convidados. A posição das pessoas, geralmente formando um círculo, permite que todos se olhem e interajam entre si. Obviamente isso não é conseguido com um número grande de participantes. Quem lê, a melhor disposição é em pé, no centro do círculo, para que sua voz e entonação sejam melhor percebidos.


Os textos mais adequados não são os mais extensos, pois eles dispersam a concentração dos ouvintes. Algumas pessoas solicitam a leitura de obras já conhecidas e de produções próprias, o que fortalece as relações inter-pessoais. A princípio alguns se sentem envergonhados, mas o clima de receptividade favorece a interação. Um sarau é uma ótima opção alternativa de encontro entre amigos, quando produzidos em casas particulares ou um ótimo meio de troca de experiências, quando produzido em estabelecimentos culturais.





PROJETO - SARAU LITERÁRIO



1. OBJETIVO GERAL:

Resgatar a importância de ouvir poesia. Incentivar a produção, ou seja, escrever poemas Desenvolver o interesse pelos nossos autores, escritores poetas. Motivar a comunidade em geral, assim como, Desenvolver atividades didáticas referentes à três eixos da Língua Portuguesa; leitura, escrita e oralidade.


2. OBJETIVOS ESPECIFÍCOS:

• Reconhecer a diversidade literária no Brasil;

• Estimular um olhar crítico e simultaneamente poético sobre a literatura brasileira;

• Organizar exposição de trabalhos;

• Ler e interpretar textos de diferentes gêneros textuais (conto, poemas, letras de músicas, romance, contos e poemas africanos);

• Assistir vídeos selecionados para atividades diárias que irão ajudá-los à compreender a literatura brasileira e prepará-los para apresentação no sarau literário;

• Visitar o Teatro Castro Alves ,como prêmio aos alunos que sobressaíram no sarau literário, para assistir a peça teatral “Namíbia não” que discute a identidade afro-brasileira;

• Recitar poemas produzidos em sala de aula, com intuito de participar da seleção para o sarau;

• Construir contos diversos e ler oralmente para toda Unidade Escolar;


3. JUSTIFICATIVA:

Sendo o sarau um evento cultural que visa expressar ou manifestar atividades artísticas. O Projeto Sarau Literário do Colégio Estadual Polivalente de Candeias em parceria com a comunidade escolar Radio Catedral e comerciantes locais pretende estruturar ações de promoção da leitura, escrita e oralidade, fazendo uso do acervo literário da escola, propondo a interdisciplinaridade como recurso de aprendizagem, envolvendo portanto um compromisso coletivo entre escola e comunidade.


4. ESTRATÉGIAS:

• Leitura integral tópica, leitura de textos verbais e não verbais;

• Leitura fílmica e interpretativa;

• Passeio cultural ao Teatro Castro Alves;

• Produções escritas de textos literários de diferentes gêneros;

• Produção e envio de convites pra a Radio Catedral e comerciantes locais convidando-os para ser parceiros do Projeto Sarau Literário;

• Divulgação das datas previstas para realização das ações do sarau;

• Solicitação de um ônibus para fazer o itinerário Candeias/Salvador e vice-versa para levar professores e alunos premiados na seleção interna de melhor texto literário produzido ao Teatro Castro Alves;

• Produção de um ofício para solicitação de verba destinada a compra de ingressos para os docentes e discentes assistirem á peça “Namibia não”, em Salvador;

• Culminância das ações realizadas no Colégio com o evento final Sarau Literário.


Metodologia:

AÇÕES Disponibilizar textos para a leitura em sala;

Desenvolver um projeto "Sarau Literário" para ser apresentado no pátio da Unidade Escolar.

Elaboração de textos literários;

Confecção de convites;

Apresentação.



ENVOLVIDOS Alunos, Professores de Língua Portuguesa, Historia Geografia, Artes.

PERÍODO DA PARCERIA 01/09/11 a 22/09/11

RECURSOS HUMANOS, FINANCEIROS. TV pen drive, pen drive, CD, DVD, livros, textos, ônibus, ingressos, participação dos professores, alunos e a comunidade local.

RELAÇÃO ENTRE AS PARCERIAS E O PDE Acordo com o PDE para garantir as possíveis despesas financeiras previstas para as ações do Sarau literário




A importância da pesquisa na escola


Os alunos, em sua maioria, não buscam respostas para seus questionamentos acerca de diversos assuntos, quando estão resolvendo exercícios que necessitam de uma pesquisa dentro do texto ficam desanimados e muitas vezes desistem.

A pesquisa pode ser um grande instrumento na construção do conhecimento do aluno, por isso se faz necessário, sempre que possível, que o professor mande algum tema para pesquisa relacionado com o conteúdo, a fim de contribuir na construção da aprendizagem.

Por meio da pesquisa o aluno tem possibilidade de descobrir um mundo diferente, coisas novas, curiosidades. Dessa forma, o professor tem a incumbência de gerenciar e orientar os seus alunos na busca de informações, sua função é disponibilizar referências bibliográficas, oferecendo melhores condições de desenvolvimento da pesquisa. Além de atuar na orientação da construção de textos a partir do material da pesquisa, o professor deve ensinar como retirar as partes mais importantes do conteúdo pesquisado. Outro ponto de grande relevância que o educador deve abordar é a conscientização de que uma pesquisa não é uma mera cópia e sim uma síntese de um conjunto de informações.

A etapa técnico-científico informacional que a humanidade está atravessando e a ascensão dos meios de comunicação tem facilitado o acesso às informações, desse modo, podem ser usados como base de pesquisas: livros, revistas, artigos científicos, enciclopédias, documentários, entrevistas, internet entre outras.

A pesquisa na escola não deve ter apenas o objetivo de ocupar o aluno, de modo que o mesmo não fique sem fazer nada em casa, sua finalidade vai além, formar pessoas curiosas acerca do que se passa no mundo, assim, por meio dessa busca, o conhecimento será construído pelo próprio educando.


Por Eduardo de Freitas

Graduado em Geografia


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Coleta seletiva e Reciclagem


 Coleta seletiva: ela faz parte da reciclagem.

Há produtos e embalagens que já apresentam o símbolo da reciclagem para facilitar a coleta seletiva.Mas precisamos ficar atentos ,porque até  mesmo os produtos que não trazem os símbolos indicados também podem ser recicláveis.



Algumas cidades do Brasil já possuem programas de coleta organizados.Porém a maioria dos municípios ainda não contam com esse sistema.Esse trabalho acaba sendo feito por catadores,sucateiros,ferro-velho
 ou iniciativas comunitárias que coletam materiais recicláveis.



Referencia:
www.grupoccr.com.br





                                           






para fazer você vai precisar de: 01 garrafa pet de 2 litros (para cada aluno), terra de jardim e sementes...

Algumas dicas para fazer um vasinho com garrafa pet
Outra dica de vasinho reciclado, feito com disquetes antigos:
Como que faz? Corte a garrafa ao meio e faça uma cestinha ou vaso. Peça aos alunos para trazer de casa as garrafas e terra de jardim. Enfeite o vaso como quiser, tinta, eva, durex colorido... Compre sementes de flores variadas para jardim e misture. Plante junto com a turma. Na semana do meio ambiente, cada aluno leva pra casa seu vaso com semente germinando. Eles deverão anotar no caderno o desenvolvimento da planta e verificar qual foi a flor que nasceu... Todos vão adorar e aguardar o resultado.

LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais


LIBRAS: Língua Brasileira de Sinais

O que é surdez?
      Perda parcial ou total da capacidade de ouvir.
      Deficiência auditiva: quando se nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, a perde. Na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se comunicar oralmente.
      Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções cirúrgicas a fim de minimizar ou corrigir o problema. 

  Quem é surdo?
       Surdo: individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, nasce surdo, não tem a capacidade de ouvir nenhum som;
           Parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.

Língua de Sinais:
      LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL  DE 2002:
  • Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
  • Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
  • Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
  • Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudióloga e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.
  • Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.


Curiosidades
      A legislação brasileira reconhece a LIBRAS como língua oficial do país (Lei 10.436/2002), juntamente com o PORTUGUÊS.
      Cada país possui a sua língua de sinais, por exemplo:

EUA = ASL = American Sign Language

França = LFS = Language Française de Signes

Itália = LSI = Lingua di Segnale Italiana
      Quem sabe PORTUGUÊS e LIBRAS são considerados bilíngue.
   
Existem aproximadamente 5.800.000 surdos no Brasil segundo o Censo IBGE 2000.

      1857 - No Brasil o primeiro espaço destinado á educação de surdos foi cedido pelo Imperador Dom Pedro II, que convidou o professor surdo francês Hernest Huet para ensinar alguns surdos nobres.
      Depois de 1 ano foi fundado o Instituto Dos Surdos-Mudos do Rio de Janeiro, hoje em dia é conhecido por Instituto Nacional de Educação de Surdos-INES.
    O Dia Nacional do Surdo no Brasil é 26 de setembro, data em que foi inaugurada a primeira escola para Surdos no país em 1857
      Primeiro aluno a defender mestrado no Brasil, foi Ademar Miller Junior estudante do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) em 29 de julho de 2013.
      BRENDA COSTA (1982) - primeira modelo surda brasileira.
      Marlee Matlin (1965) e Deanne Bray (1971) - atrizes americanas surdas.
      Emmanuelle Laborit (1971) - atriz francesa.
      Sue Thomas (1950) - conseguiu licenciar-se em Ciências Políticas e Relações Internacionais. Começou a trabalhar para o FBI como analisadora de impressões digitais, mas passou a fazer parte de uma equipe de investigação devido ao seu talento para a leitura labial.


Referencias
      http://culturasurda.net/